domingo, 18 de novembro de 2012

Samba na Corda Bamba.


Vivendo em meio aos extremos
todos nós nunca saberemos
se a corda bamba da vida
não estará ressequida, a ponto de se partir.

E então, tudo o que era razão,
se espatifaria ao chão.
Para onde nos restaria seguir?

Levando na bagagem aquela velha verdade,
incontestável, imutável.
Levando as conquistas, as intocáveis revistas
colecionadas, juntamente com coisas requintadas.

Com certeza não, não amorteceriam a queda ao chão.
Seria a alma, a quem nunca tentou dar a indispensável calma,
quem sentiria a dor, causada pelo incessante desamor. 

Ainda crianças, entramos na dança,
e, expressando constante inconstância
oscilamos corpos e mentes,
dançando com unhas e dentes ao som do bom e velho samba.

Mas, eis que partimos da infância, 
e agora sem tanta inoscência, não maculemos a consciência
com a tal questão, que não tem a própria aprovação
movidos apenas pela emoção, tão somente 
no intuito de equilibrar-se sobre a enigmática corda bamba.

2 comentários:

  1. como diria minha linda Clarisse...
    "O medo sempre me guiou para o que eu quero. E porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo que me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado."

    Lindo o seu poema. E não é que essa enigmática corda nos convida a todo o instante a nos (re) equilibrarmos sobre ela?

    grande abraço.

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  2. É verdade, apesar dos pesares ainda insistimos em ficar sobre ela. Meus votos sao pra que nao façamos nada sem a propria e total aprovaçao somente para nos "mantermos equilibrados" para que nao venha a causar arrependimentos posteriormente.
    Muito obrigada.
    Abraço :)

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